O Princípio da Universalidade Ecológica é um dos Princípios Gerais, compartilhados entre o Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional (Edson Paim & Rosalda Paim) e a Teoria sistêmica-ecológica-cibernética de enfermagem (Rosalda Paim), cujo enunciado é o seguinte:
A abordagem de quaisquer sistemas - físicos, biológicos, tecnológicos e sociais - deverá, necessariamente, abranger a focalização de seus metassistemas e do ambiente em que se acham inseridos, incluindo as relações de trocas de matéria, energia e informações entre o sistema e seus metassistemas e, de ambos com o ambiente.
Este princípio corresponde à abordagem dos sistemas, também, mediante a perspectiva ecológica, acrescida estudo de caráter eminentemente sistêmico, como preconiza o Princípio do Universo Sistêmico, correspondento, em seu conjunto, a uma abordagem dupla, ou seja, de natureza sistêmica-ecológica, corstituindo o segundo degráu de uma perspectiva mais ampla e complexa.
A partir do fato de que o sistema e o ambiente se afetam mutuamente, em razão da contínua e permanente troca de matéria, energia e informações entre ambos, o estudo de qualquer sistema aberto deve abranger o exame do respectivo ambiente ou ecossistema e, dos seus respectivos metassistemas, quer dizer, enfocado, simultaneamente, à luz do Sistemismo e da Ecologia.
Por outro lado, não é menos verdade que, reciprocamente, todos os sistemas ambientais necessitarão ser examinados, também, sob o enfoque sistêmico, isto é, em sua abrangência, totalidade e integralidade, com ênfase na inter-relação de seus elementos componentes, como prescreve o:
No estudo do ambiente (ecossistema) de qualquer sistema, além da própria abordagem ecológica, deverão ser focalizados, ainda, seus aspectos de abrangência, de totalidade, de integralidade e de relacionamento entre as partes constituintes, isto é, abordado, também, através de uma perspectiva sistêmica, segundo os cânones da Teoria Geral dos Sistemas.
Este princípio trata da abordagem dos ambientes mediante a ótica sistêmica, segundo a qual, o ambiente é também um sistema (o ecossistema), formado por um conjunto de elementos de natureza física, biológica, social e tecnológica.
Abstraído o sistema que está sendo examinado, tudo que o cerca (inclusive os seres humanos nele contidos), é o seu ambiente ou ecossistema.
Como todos os componentes do ecossistema são elementos de uma das quatro linhas de sistemas, postulados pela referida teoria e que sintetizam tudo que existe no Universo, podemos designá-los como subsistemas (componentes) do sistema ambiental ou ecossistema.
Portanto, o ecossistema global é constituído por um subsistema físico, um subsistema biológico, um subsistema tecnológico e um subsistema social.
Os Princípios da Universalidade Ecológica a da Ecologia Sistêmica correspondem ao acréscimo do enfoque sistêmico aos estudos ecológicos, ou seja, através da utilização, também, da abordagem sistêmica no estudo do ambiente e, vice-versa, a utilização da perspectiva ecológica na focalização dos sistemas, isto é, o estudo dos sistemas, também, sob os cânones da Ecologia.
A abordagem proposta corresponde ao estudo simultâneo do sistema e do ambiente, a um só tempo, mediante o duplo enfoque sistêmico e ecológico, o qual designamos visão sistêmico-ecológica, representando a conjunção da Teoria Geral dos Sistemas com a Ecologia e que, adicionado dos postulados da Cibernética, se transforma no Sistemismo Ecológico Cibernético, que corresponde a terceira etapa do Sitemismo Ecológico-Cibernético-Informacional, um construto elaborado para servir de referencial teórico e base filosófica da Teoria Sistêmica-Ecológica-Cibernética de Enfermagem, escopo fundamental do trabalho de Rosalda Paim, aplicável a outros setores do conhecimento científico.
O acréscimo da perspectiva Cibernética à visão sistêmico-ecológica decorre do:
O modelo dos organismos vivos e dos ecossistemas naturais - sistemas auto-organizadores, auto-reguladores e auto-reprodutores, - sobretudo a estrutura do genoma humano e o funcionamento cibernético do cérebro, incluindo a consciência - cujos mecanismos regulatórios objetivam assegurar a sua homeostasia, caracterizando-os como sistemas cibernéticos, constitui referencial adequado para a abordagem do sistema humano e para orientar intervenções no seu corpo e/ou no respectivo ambiente, além de servir de base para a idealização, a construção, a organização, o funcionamento, a administração, a avaliação e os reajustes de sistemas tecnológicos e sociais (globais ou de cada um dos seus subsistemas) e, corresponde a um dos paradigmas centrais do Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional.
(Extraído dos Livros de autoria de Rosalda Paim & Edson Paim - Todos os direitos reservados aos mesmos)